O arranque do Regime Extrajudicial de Recuperação de Empresas (RERE) deu-se há três anos, mas só agora é que foram nomeados os primeiros mediadores de Recuperação de Empresas (MRE) pelo IAPMEI. A demora ocorreu, segundo explicou o IAPMEI ao “Jornal de Negócios”, por causa da falta de procura.
O Regime Extrajudicial de Recuperação de Empresas contempla a colocação no mercado de mais de 80 profissionais certificados. O número de empresas que aguardam pela nomeação de um MRE “é zero”, explica o IAPMEI.
O presidente da Associação de Mediadores de Recuperação de Empresas (AMRE), José Alvarenga, faz um balanço “extremamente negativo” da aplicação deste regime extrajudicial, “quer do ponto de vista do recurso ao RERE quer no recurso ao MRE”. “Não há dúvida de que há empresas em enormes dificuldades, e não há dúvida de que as soluções extrajudiciais têm, para muitas das situações, enormes vantagens sobre as judiciais”, defende o presidente, presumindo que “muitas empresas se dirijam ao IAPMEI a solicitar ajuda extrajudicial”.
in Expresso | 12-07-2021