Covid-19: Idoso dado como morto no Hospital de Oliveira de Azeméis afinal está vivo

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Porto, 30 jan 2021 (Lusa) - Uma troca de identidades no Hospital de Oliveira de Azeméis, no distrito de Aveiro, levou a que um paciente de 92 anos fosse dado erroneamente como morto e que lhe fosse mesmo feito o funeral, disse fonte familiar.

O nonagenário dado erroneamente como morto é de Milheirós de Poiares, Santa Maria da Feira, e estava internado no Hospital de Oliveira de Azeméis, uma das três unidades do Centro Hospitalar de Entre Douro e Vouga (CHEDV), com problemas respiratórios.

Em declarações à agência Lusa, o filho, Aureliano Vieira, disse que a família recebeu no dia 10 a informação de que o seu pai morrera por causas associadas à pandemia de covid-19.

“Como era por causa do covid-19, não permitiram que se fizesse o reconhecimento do corpo. Limitamo-nos a fazer o funeral, já no dia 12. Mais tarde, mandamos mesmo celebrar a missa do sétimo dia. Já hoje de manhã, vieram dizer-nos do hospital que o nosso pai estava vivo e pediram desculpas pelo erro”, indicou.

“E, felizmente, está vivo. Já confirmei”, acrescentou Aureliano Vieira, dizendo desconhecer ainda de quem é o corpo que o hospital presumia ser do seu pai.

Aureliano Vieira disse que não sabe ainda o que vai fazer. “Ainda estou atónito. Tenho de falar com outros familiares”.

Contactada pela agência Lusa, fonte autorizada do CHEDV confirmou a troca de identidades numa enfermaria da unidade de Oliveira de Azeméis e lamentou “profundamente” o sucedido.

A mesma fonte acrescentou que o próprio conselho de administração do Centro Hospitalar já entrou em contacto com as famílias.

A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.206.873 mortos resultantes de mais de 102 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Em Portugal, morreram 12.179 pessoas dos 711.081 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

JGJ // LFS

Lusa/Fim

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