Covid-19. Atuação do Governo com nota positiva, incluindo o fecho de restaurantes ao fim de semana

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A promoção do teletrabalho é a medida mais consensual, sobretudo entre os jovens e nas classes mais altas

Foram muitas as medidas que o Governo teve de implementar, de março para cá, para tentar controlar a propagação do coronavírus em Portugal, e se algumas delas levaram a manifestações de protesto, incluindo uma semana de greve de fome por parte de proprietários de restaurantes, a verdade é que a maioria dos portugueses, segundo a sondagem Observador/TVI/Pitagórica, faria a mesma coisa.

Em análise estiveram medidas como o confinamento ao fim de semana, o uso obrigatório de máscara na via pública, o encerramento total de bares e discotecas e de restaurantes aos fins de semana e a decisão de manter as escolas abertas. E, de uma maneira geral, os portugueses mostram-se compreensivos em relação às ações tomadas pelo executivo e garantem que, se estivessem no lugar do Presidente da República — que é quem decreta o regime de exceção — fariam exatamente a mesma coisa.

O teletrabalho é a medida que reúne maior consenso, com 93% dos inquiridos a concordarem com a sua promoção, destacando-se segundo o Observador um maior entusiasmo dos jovens entre os 18 e 34 anos, embora em qualquer faixa etária o nível de aprovação desta medida nunca seja inferior a 88%. A solução também agrada mais às classes sociais mais altas (95%), enquanto as mais desfavorecidas têm um nível de aprovação que, ainda assim, não fica abaixo dos 77%.

A obrigatoriedade do uso de máscara na via pública é a segunda medida a reunir maior aprovação (92%), com todas as faixas etárias a registar um nível de aprovação acima dos 90%. Diz este estudo que nas ilhas o apoio é unânime: 100% apoiam a decisão.

O encerramento dos restaurantes ao fim de semana nos municípios com maior número de contágios, que levou a uma greve de fome por parte de alguns proprietários de restaurantes, incluindo o chef Ljubomir Stanisic que deu a cara pela contestação, tem a aprovação de 55% dos inquiridos, contra 39% que a rejeitaram se fossem eles a decidir. Diz o Observador que, curiosamente, são os eleitores do Bloco de Esquerda quem mais apoia a medida (69%).

Já quanto ao fecho de discotecas e bares, que merece a concordância de 84% dos inquiridos, também não deixa de ser curioso que, logo a seguir aos maiores de 54 anos, são os jovens quem mais apoia esta medida. Quase nove em cada dez inquiridos desta faixa etária (86%) garante que aprovaria o encerramento destes espaços de diversão noturna.

E quanto à proibição de deslocações entre municípios diferentes? Será que os portugueses apoiariam a decisão como fez Marcelo? 70% diz que sim, que a decisão foi acertada. Diz o Obsevador que os maiores níveis de rejeição destes lockdowns aos fins de semana surgem na faixa entre os 45-54 anos (32% das respostas) e entre os mais jovens (18-34 anos). Ainda assim, níveis de rejeição bastante baixos, quando comparados com a taxa de aprovação em qualquer um destes conjuntos.

Por fim, sobre a manutenção das escolas abertas com aulas presenciais, 77% considera que foi uma decisão acertada, sendo também as classes mais altas as que mais apoiam esta medida (83% dos eleitores de classe alta e média alta), em contraste com o menor apoio por parte das classes mais baixas.

ANA GOMES CRITICADA

Na mesma sondagem é feita a pergunta sobre o comportamento da candidata Ana Gomes quando veio denunciar a dificuldade na aplicação das vacinas contra a gripe em Portugal e comunicar que tinha conseguido ser vacinada com uma vacina que lhe enviaram de França, o que é, aparentemente, ilegal. 46% dos inquiridos censura este comportamento.

MARCELO MUITO A TEMPO E O PREFERIDO PARA (QUASE) TUDO

E Marcelo, será que levou demasiado tempo a anunciar a sua recandidatura à presidência da república? Foi só a 7 de dezembro que o fez, mas o Presidente da República vê a gestão que fez do anúncio da recandidatura ser “elogiado” por 39% dos inquiridos. Do outro lado estão 22% dos inquiridos, que censuram a gestão deste processo por parte de Marcelo Rebelo de Sousa.

Na mesma sondagem é lançado o desafio aos inquiridos para escolher quem gostariam de ter à frente do país caso Portugal fosse alvo de um ataque terrorista; se houvesse um terramoto de proporções catastróficas; se começasse agora uma Terceira Guerra Mundial ou se houvesse uma grave crise económica que obrigaria uma intervenção do FMI. A resposta é a sempre a mesma: Marcelo Rebelo de Sousa. Se os tempos fossem de bonança, também seria Marcelo o escolhido para liderar uma fase de crescimento económico muito boa. A prestação mais sólida do Presidente da República surge com a resposta ao cenário de um terramoto grave: 69% desejariam ter o atual chefe de Estado em funções.

Fonte: expresso.pt

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