Uma aluna francesa, de 13 anos, admitiu ter mentido nas alegações que espalhou sobre o professor francês Sam Paty, que originaram a morte do homem, avança a BBC.
Sam Paty foi decapitado após ter mostrado, durante uma aula, uma caricatura do profeta Maomé aos alunos. Após essa aula as queixas da menina de 13 anos originaram uma campanha contra o professor e a favor da demissão do docente.
A menina disse ao pai, numa primeira instância, que “Paty havia pedido aos alunos muçulmanos que saíssem da sala de aula enquanto mostrava um desenho sobre liberdade de expressão e blasfémia”, diz a BBC. O pai da menina, após as queixas da filha, abriu um processo judicial contra o professor e iniciou uma campanha nas redes sociais que culminou com o assassinato do professor por Abdullakh Anzorov, um jovem de 18 anos, em Paris.
No entanto, neste momento, o advogado da jovem de 13 anos, diz que “ela mentiu porque se sentiu presa num espiral porque os colegas pediram para que ela fosse a porta-voz da turma”, disse Mbeko Tabula, à agência de notícias AFP. Segundo as novas informações divulgadas pela imprensa internacional a menina de 13 anos , que não foi identificada, não esteve presente na aula em que Sam Paty mostrou os desenhos do profeta Maomé.
Samuel Paty, de 47 anos, era professor de história e de geografia na escola em Conflans-Sainte-Honorine, a noroeste da capital francesa, Paris, tendo sido morto em outubro de 2020 após mostrar a caricatura de um profeta num aula.
O presidente francês, Emmanuel Macron, prestou homenagem ao professor após a sua morte assim como a escola onde Sam Paty lecionava.
Fonte: cmjornal.pt