De acordo com o Relatório sobre emprego e formação relativo a 2020, foram comunicados pelas empresas 698 despedimentos coletivos em 2020, mais 353 do que no ano anterior, e abrangiam um total de 8.000 trabalhadores.
Por outro lado, detalha o documento, o número de trabalhadores despedidos em processos de despedimento coletivo registou um crescimento expressivo de 107,8% em relação a 2019, o que, em termos absolutos, se traduziu num aumento de 3.900 trabalhadores despedidos.
No ano passado o mercado de trabalho teve uma evolução negativa, registando-se uma diminuição de 83.000 pessoas na população ativa e de 97.000 no emprego, ao mesmo tempo que a população desempregada aumentou em 12.000 pessoas.
Os autores do estudo – Alexandra Moreira e Teresa Pina Amaro do CRL e, como convidado, Paulino Teixeira a quem coube a coordenação científica – referem, contudo, que a interpretação destes valores deve ser feita com alguma prudência, dadas as circunstâncias que rodearam o funcionamento da economia durante o ano em análise, e que afetaram o cálculo das estimativas de emprego e desemprego, alerta que tem vindo a ser feito pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
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